sexta-feira, 6 de maio de 2011

INEA e Petrobras recuperam a mata ciliar do Rio Paraíba


O programa de recomposição de matas ciliares do Estado do Rio teve início ontem (05/05), no Rio Paraíba do Sul, responsável por 80% do abastecimento de água da Região Metropolitana do Rio. Além da recomposição vegetal das faixas marginais entre as cidades de Valença, Barra do Piraí e Vassouras, no Sul fluminense, a meta é recuperar 50 hectares de Áreas de Preservação Permanente (APP) incluindo topos e encostas de morros.

O projeto prevê ainda a criação de corredores ecológicos entre áreas protegidas na região unindo os parques Estadual da Serra da Concórdia e Municipal do Açude da Concórdia. Para isso, serão instalados viveiros e capacitadas 90 pessoas de comunidade locais para coleta de sementes que produzirão 110 mil mudas anuais. De acordo com a coordenadora do projeto, Ninon Machado, as áreas replantadas terão acompanhamento por dois anos de parte da Petrobras.

“Vamos formar um corredor ecológico para que depois a natureza faça a sua parte. Com a capacitação de pessoas, o objetivo é que haja novos arranjos produtivos e novas possibilidades de serviços ambientais. Protegeremos nascentes e a vegetação das margens do rio, que preservam o curso de água da mesma forma como os cílios fazem com os nossos olhos”, explicou a coordenadora.

O projeto “Cílios nos olhos d’água, Renasce o verde” é realizado pelo Instituto Ipanema e patrocinado pela Petrobras. “A recuperação da mata ciliar de todos os rios do Estado, sobretudo, o Paraíba do Sul, nosso principal manancial, é prioridade.", disse a presidente do Instituto Estadual do Ambiente, Marilene Ramos.

A presidente do Inea lembrou que a recuperação vegetal é de extrema importância também para recomposição da fauna, uma vez que diversas espécies se alimentam de plantas da mata ciliar e sobrevivem da água do rio. A região do Médio Paraíba sofreu severa degradação ao longo de décadas resultado das diversas atividades econômicas como os ciclos do café e da cana-de-açúcar, a pecuária extensiva e a urbanização desordenada.

Fonte: Ururau

Nenhum comentário:

Postar um comentário