Pelo menos metade das famílias que moram em favelas e ocupações no
Brasil pertence à nova classe média, segundo levantamento com base em dados sobre renda do Censo do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). Os números apontam ainda que quase 5%
dessa fatia da população estaria na classe alta.
A Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República
considera classe média famílias "com baixa probabilidade de passarem a
ser pobres no futuro próximo", com renda per capita entre R$ 291 e R$ 1.019 por mês. No total, estima-se que o Brasil tenha 104 milhões de pessoas na classe média,
o que representa 53% da população. Segundo os critérios da secretaria,
quem vive com mais de R$ 1.019 por mês pertence à classe alta.
Em 2010, de acordo com o IBGE, 11.425.644 de brasileiros (6% da
população) moravam em aproximadamente 3,2 milhões de domicílios nos
chamados aglomerados subnormais – favelas, invasões, grotas,
comunidades, baixadas ou vilas. Conforme estimativa traçada,
em pelo menos metade dessas residências (1,6 milhão de domicílios) a
renda per capita (por pessoa) registrada enquadraria as famílias na
classe média.
Dados sobre renda per capita no Censo 2010 (atualizados para 2012 com
base na inflação) mostram que, em 51,2% dos domicílios em favelas e
ocupações, vivem famílias de classe média. Outros 4,57% das famílias
residentes nessas áreas estariam na classe alta.
Conforme os critérios da SAE, vivem na linha da pobreza as família
brasileiras que possuem renda per capita inferior a R$ 162. Na faixa
entre R$ 162 e R$ 291 está a classe intermediária entre pobres e classe
média, grupo chamado de vulnerável.
Fonte: Globo.com
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