sexta-feira, 5 de outubro de 2012

TREs montam operações de guerra para garantir eleições em regiões isoladas




Para garantir a realização das eleições nas localidades mais isoladas do Brasil, os TREs (Tribunais Regionais Eleitorais) precisam montar operações de guerra. Carros, ônibus, caminhões, caminhonetes com tração nas quatro rodas, barcos, canoas, aviões, hidroaviões e helicópteros são utilizados para transportar 501,9 mil urnas eletrônicas a 418,7 mil sessões eleitorais pelo país. 

Cada um dos TREs monta seu esquema de distribuição. Haverá eleição até em localidades que não estão no mapa, literalmente. Mojuí dos Campos (PA), por exemplo, desmembrou-se de Santarém em 2009. Seus 16.867 eleitores escolherão pela primeira vez o prefeito. O município nem sequer está na listagem de cidades do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para percorrer os 240 km entre Santarém e a comunidade de Santa Maria do Aru, a equipe do tribunal usará caminhonete, balsa e canoa motorizada. Em Goiás, o deslocamento dos servidores até as localidades de Niquelândia e Cavalcante, onde vivem os calungas (descendentes de quilombolas), é feito por terra. 

Durante cinco horas, eles enfrentam uma região montanhosa, com estradas precárias e desfiladeiros, em uma época de muita chuva. As 12 urnas são transportadas por dois helicópteros. Cada um é alugado por R$ 15 mil, segundo o secretário de tecnologia da informação do TRE goiano, Dory Gonzaga.

Em outros 18 pontos do Estado, satélites vão transmitir os resultados. O aluguel de cada um custa R$ 3.000. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aluga os equipamentos de transmissão via satélite para 1.274 localidades a partir das quais o tempo de deslocamento até a corte local seja superior a três horas.

Técnicos dos tribunais em 15 Estados retiram o cartão de memória das urnas e o colocam num equipamento com antena que, ligado a um notebook, envia os dados para a Justiça Eleitoral.

Fonte: Folha.com 

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