segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Dieta do brasileiro é pobre em nutrientes que previnem o câncer


Os brasileiros estão ingerindo menos de um terço dos alimentos recomendados para a prevenção do câncer, revelou a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), realizada pelo IBGE. O levantamento mostra que o consumo diário de frutas, legumes e verduras é de apenas 126,4 gramas, menos de um terço dos 400 gramas mínimos recomendados para prevenir o surgimento de tumores.

De acordo com o Fundo Mundial para Pesquisa contra o Câncer e o Instituto Nacional de Câncer (Inca), se a população brasileira passasse a consumir diariamente, no mínimo, 400 gramas desses alimentos, um de cada três casos de câncer de cavidade oral (boca, faringe e laringe), um em cada três casos de câncer de pulmão e um de cada quatro casos de câncer de estômago deixariam de ocorrer. Conforme aponta o relatório Políticas e Ações para a Prevenção do Câncer no Brasil, a combinação de alimentação saudável e atividade física é capaz de prevenir 63% dos casos de câncer de boca, faringe e laringe; 60% dos tumores de esôfago; e 52% dos casos em que a doença atinge o endométrio.

O nutricionista do Inca Fábio Gomes aponta outro dado preocupante do estudo do IBGE: a presença de 523 gramas de carne vermelha na mesa dos brasileiros toda semana: "Se a média de consumo semanal de carne vermelha fosse inferior a 500 gramas, 7% dos casos de câncer de cólon e reto poderiam ser evitados".

Estudos do Inca mostram que as carnes — incluindo peixes e aves — salgadas e processadas também deveriam ser evitadas para prevenir o surgimento de cânceres de estômago, cólon e reto, que estão entre os cinco mais incidentes na população brasileira. O consumo dessas carnes é, hoje, em média, de 100 gramas por semana, segundo a POF.

O alto teor calórico em alimentos de pequeno volume, como biscoitos, assim como a ingestão em demasia de bebidas açucaradas, como refrigerantes e refrescos artificiais, estão diretamente ligados ao ganho de peso e propensão à obesidade, que, por sua vez, aumentam o risco dos cânceres de esôfago (23%), pâncreas (18%), vesícula biliar (10%), cólon e reto (5%), mama (14%), endométrio (29%) e rim (13%).



Fonte: Jornal Extra

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