O movimento por melhores salários e condições de trabalho dos praças do Corpo de Bombeiros se tornou suprapartidário. Nesta terça-feira, 37 deputados estaduais, dois federais e um vereador engrossaram as fileiras dos combatentes com um abaixo-assinado. A relação é composta por parlamentares governistas e de oposição.
As assinaturas foram colhidas na Assembleia Legislativa e são acompanhadas por um manifesto de apoio. As duas principais ausências são o presidente da Alerj, Paulo Melo (PMDB), e o líder do governo, André Corrêa (PPS, licenciado).
No texto, o grupo de 40 parlamentares cobra a retomada do diálogo do governo com os bombeiros e cita casos de bravura recentes, como nas tragédias da Região Serrana, no início do ano, e nos morros de Niterói, em 2010. “Diante da importância do Corpo de Bombeiros, não é condizente pagar a esses admiráveis servidores os salários mais baixos do Brasil”, afirmam eles.
O grupo classifica a manifestação como “justa e legítima” e “não deve ser criminalizada”. A lista é encabeçada pelo deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) e reúne nomes que vivem divergindo na Alerj, como Flávio Bolsonaro (PP), Clarissa Garotinho (PR), Wagner Montes (PDT) e Paulo Ramos (PDT), além dos deputados federais Chico Alencar (PSOL) e Jair Bolsonaro (PP) e o vereador Eliomar Coelho (PSOL).
Em pronunciamento, o presidente da Alerj pôs a casa como mediadora do conflito entre bombeiros e governo, mas exigiu dos manifestantes o desejo de negociar com o Palácio Guanabara. "O que cabe a esta casa, que não busca apontar culpa, é buscar o diálogo. A mim, cabe a responsabilidade, como chefe do Parlamento, de promover isso", disse Paulo Melo.
Fonte: Jornal Extra
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