terça-feira, 14 de junho de 2011

Anistia de bombeiros ainda vai demorar a sair


Se depender do governo do Estado, a anistia administrativa aos bombeiros ainda vai demorar a sair. Em conversas com aliados, o governador Sérgio Cabral tem dito que, diante da gravidade da invasão do Quartel-Central da corporação e da quebra de hierarquia, a anistia — agora — seria precipitada e despropositada.

O governo também alega que não faz sentido anular punições ainda não definidas. Considera que, primeiro, é necessário instaurar e concluir as investigações internas sobre o comportamento dos bombeiros acusados.

Precedente - Para o Palácio Guanabara, a concessão da anistia teria que partir do governo e não de deputados. Aliados de Cabral lembram que o STF anulou uma anistia a funcionários públicos decidida pelos deputados que redigiram a constituição estadual.

Outra história - Mas Cabral não pretende interferir na proposta de anistia aos bombeiros que está sendo articulada no Congresso Nacional. A medida livraria os militares de eventuais punições em decorrência do processo criminal aberto no Rio.

Os lados do PT - Deputados integrantes da base de Cabral se queixaram ao governo do comportamento do PT. Para eles, o partido — que comanda duas secretarias estaduais — não tem agido de forma solidária na crise dos bombeiros. “O PT nunca entra em bola dividida”, reclama um peemedebista.

Concessões do governo estadual - O governo vai lutar contra novos reajustes salariais aos bombeiros — teme o impacto no orçamento, já que a medida atingiria funcionários ativos e inativos, além de pensionistas, de toda a área de segurança. Conforme havia antecipado, insistirá na criação de uma gratificação, que poderia ficar limitada a soldados e cabos. Os deputados governistas ainda guardam uma carta na manga: a concessão do vale-transporte. O Palácio Guanabara autorizou o benefício.




Fonte: Jornal O Dia

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