quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Defesas de réus do mensalão decepcionam ministros do STF




Os dois primeiros dias de sustentações orais durante o julgamento do mensalão foram considerados superficiais e tecnicamente falhos pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Em geral, os advogados mineiros têm sido melhor avaliados que os defensores paulistas pelos onze juízes da mais alta Corte do País. Nesta quinta-feira, o julgamento entra em seu sexto dia para ouvir as defesas de Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil; Pedro Corrêa, ex-deputado federal; Pedro Henry, ex-líder do PP; João Cláudio Genu, homem de confiança do PP; e Enivaldo Quadrado, ex-sócio da corretora Bônus Naval.
Na lista dos advogados que tiveram maior destaque nessa primeira fase do julgamento está Marcelo Leonardo, que defende o publicitário Marcos Valério, apontado como operador do mensalão. Do outro lado, os ministros esperavam uma consistência técnica maior das sustentações orais na defesa do ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu.
Os ministros também questionaram as chamadas “defesas emocionais”, aquelas em que os advogados abordaram o currículo dos réus ou a vida pessoal dos indiciados. Para alguns ministros, esse tipo de estratégia de defesa serviu apenas para “encher linguiça” no julgamento. Também são apontados como ponto não totalmente esclarecido os depósitos e pagamentos a parlamentares exatamente nos períodos citados nas denúncias do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) como sendo fruto do mensalão.
Nessa primeira fase de julgamento, os defensores apostaram em duas linhas de atuação: confessar o crime de caixa 2, para negar a existência do pagamento de propina a deputados da base do governo em troca da aprovação de projetos do governo e, do outro lado, desvincular a participação de alguns réus no suposto esquema denunciado pela Procuradoria Geral da República.

Fonte: Ig/Último Segundo

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