A palavra mais pronunciada do momento na economia nacional é inflação. Preços em alta são alardeados como ameaça à era de estabilidade. E após anos sem se preocupar em olhar etiquetas nas gôndolas, o brasileiro está reaprendendo a consumir e de volta às listinhas. A maior dica de especialistas e de quem frequenta supermercados semanalmente e já entendeu a dança dos preços, no entanto, é a renúncia ao impulso de comprar.
“O governo está certo em tomar medidas para manter uma inflação controlada e conter a alta do dólar. Mas isso tem que ser feito agora porque o próprio governo estimulou o consumo, e o brasileiro se descontrolou”, afirma Alexandre Damiani, diretor-executivo do Instituto Dsop de Educação Financeira.
O especialista alerta que o consumidor, na verdade, não está atento à inflação tampouco se deu conta do real risco a seu orçamento doméstico. “As pessoas estão consumindo direto, fazendo prestações e dívidas, como que para compensar uma época em que não podiam ter certos bens”, analisa Damiani.
Vendas de carros, eletroeletrônicos e serviços só crescem nos últimos anos, observa o economista. Para ele, se esse quadro não for freado, a inadimplência poderá engessar a economia: “O brasileiro precisa reaprender a juntar para comprar à vista.”
Fonte: Jornal O Dia
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