quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Polícia descobre plano para matar outro juiz


Responsável pela decretação da prisão de mais de 50 policiais envolvidos com chefões da máfia dos caça-níqueis — Rogério de Andrade e Fernando Iggnácio —, o juiz da 1ª Vara Criminal de Bangu, Alexandre Abrahão, passou a ser mais um motivo de preocupação para o Tribunal de Justiça. Uma semana após a morte da juíza Patrícia Acioli, autoridades do estado receberam informações sobre plano para executar o magistrado. Os dados constam em Disque-Denúncia recebido terça-feira e repassado a seis órgãos de segurança.

No documento consta que o juiz estaria marcado para morrer por determinação de Rogério de Andrade. Para isso, o contraventor contaria com o apoio de 39 policiais militares de um único batalhão. Informações sobre a vida pessoal do juiz — incluindo o veículo que ele usa para se locomover e o número reduzido de policiais que fazem sua escolta — teriam sido repassadas por serventuário da Justiça contratado pelos responsáveis pela suposta emboscada armada contra o magistrado.

No Disque-Denúncia consta ainda que a morte de Abrahão deveria ocorrer simultaneamente à do delegado Ricardo Dominguez, diretor do Departamento de Polícia da Capital (DPC). Nas informações, Alexandre Abrahão poderia ser morto perto do Fórum de Bangu.

Rogério de Andrade e Fernando Iggnácio — respectivamente, sobrinho e genro do contraventor Castor de Andrade, morto em 1997 — foram julgados pela 4ª Vara Federal Criminal. A dupla foi condenada a 18 anos de reclusão pelos crimes de formação de quadrilha, contrabando, corrupção passiva e ativa. Rogério e Iggnácio estão foragidos da Justiça.



Fonte: Jornal O Dia

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