segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Governo eleva meta de superávit primário para permitir queda de juros


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta segunda-feira (29) – dois dias antes do anúncio da nova taxa básca de juros da economia – que governo decidiu aumentar a meta de superávit primário, a economia feita para pagar juros da dívida pública e manter sua trajetória de queda, em R$ 10 bilhões neste ano, o equivalente a entre 0,25% e 0,30% do Produto Interno Bruto (PIB).

Com isso, a meta subirá dos atuais R$ 117,9 bilhões, equivalentes a cerca de 3% do PIB, para R$ 127,9 bilhões, ou 3,3% do PIB, para todo o setor público (governo, estados, municípios e empresas estatais). O esforço fiscal a mais, que será implementado por meio de envio de um projeto de lei ao Congresso Nacional, será feito nas contas do governo federal, disse ele.

"O Brasil tem de se antecipar para impedir que essa deterioração [da economia mundial] acabe afetando os avanços que tivemos. Temos de tomar medidas preventivas para evitar o que aconteceu em 2008, quando houve desaceleração forte em um primeiro momento. Queremos estar mais preparados do que estávamos em 2008 para essa recessão internacional que se avizinha. O aumento [do superávit primário] se dá para impedir o aumento de gastos correntes e para abrir mais espaço para os investimentos subirem no país. Além disso, também viabiliza, no médio e longo prazo, a redução da taxa de juros. Quando o BC entender que é possível (reduzir a taxa)", disse Mantega.


Fonte: Globo.com

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